Liberdade de verdade?

Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛


(Leia ao som de Patience)

Nós caímos no conto de fadas de confundir liberdade com ausência de responsabilidade, já se deu conta? Quanta gente você conhece que diz querer ser livre para fazer o que quiser? Quantos não ouvimos dizer “fulano que é livre, não passa vontade alguma”? Com um pouco de boa vontade podemos aplicar essas frases na realidade. Porém, o que querem dizer na maioria das vezes é que a pessoa é bonita e tem grana o suficiente para conseguir o que quer.

Desde quando isso é liberdade?

Nós pegamos a liberdade, dos dons mais bonitos que Deus nos deu, e colocamos uma caricatura animalesca nela. Calma, não estou querendo tornar nossa compreensão uma coisa monstruosa. Quando eu falo de animalesco, estou querendo dizer que agimos feito pets, incapazes de dizer não para nós mesmos. Um cachorro, por mais adestrado que seja, nunca irá compreender limites e deveres. Falta consciência a ele, coisa que temos.

Ser livre é olhar para a própria realidade, recordar as escolhas que fizemos e a vida que levamos e compreender que há coisas que convém e coisas que não encaixam na vida que temos – e muitas vezes são coisas maravilhosas que não encaixam. Um casal que vive um relacionamento não pode fazer o que quiser, pois existe uma responsabilidade emocional a ser defendida. Seria ruim um deles aproximar o coração de alguém de fora? Não, mas havendo os dois escolhidos ter uma história juntos, o que seria bom em outra perspectiva deixou de fazer sentido pela escolha anterior.

O mesmo vale quando tomamos uma decisão de vida: toda escolha implica renúncias, tanto de coisas boas como de ruins. E geralmente estamos conscientes disso quando damos um passo importante. O que precisamos depois é ser maduros o suficiente para compreender que algo maravilhoso pode se apresentar diante dos nossos olhos, mas não ser para a gente. E quando acontece podemos ter duas atitudes: ceder à tentação e colocarmos tudo à perder ou refazer o propósito de permanecer firmes no que entendemos ser o melhor para nós.

Rezando ontem eu entendia que sou mais livre quando digo não para o meu coração palpitando por uma realidade atraente a ele do que quando cedo a ela. Claro que nem sempre eu precisarei dizer não para mim. Sou adulto o suficiente para entender o que convém ou não convém para a vocação a que respondi e a vida que escolhi levar. Mas é justamente quando eu me encontro com algo que me atrai que sou convidado a escolher o certo no lugar do mais prazeiroso.

Pode parecer difícil, sem sentido até. É normal ficarmos com essa impressão quando somos escravos da nossa própria vontade. Mas com um pouco de esforço, nos damos conta de que esse controle de si muitas vezes é o que nos falta para tomarmos a vida nas mãos e sermos felizes.

Nossa geração não parece capaz de fazer escolhas definitivas. Mas somos. E quando escolhemos realidades e abraçamos juntamente as renúncias e desafios que elas trazem consigo, a vida passa a valer a pena com uma profundidade muito diferente. O motivo é simples: nos damos conta de que ser livre não é fazer o que se quer ou conseguir o que der na telha, tantas vezes por capricho. Ao contrário, é ser dono e não escravo da própria vontade.

Júlio Hermann.


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