Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Roslyn)
Os seus olhos profundos no espelho não são fruto de algo que veio de fora e roubou seu sono. Ninguém te disse palavras ásperas, seu chefe não te demitiu e pessoa alguma foi embora da sua vida. A causa é você. São efeitos colaterais de uma exigência desenfreada consigo mesmo, de um zelo excessivo por não deixar rasura alguma nas coisas que você faz. E isso aos poucos vai te roubando a alegria.
É claro que devemos fazer da melhor maneira possível tudo o que nos couber fazer. Dedicação, zelo e capacidade de execução não são coisas negociáveis. Mas existe uma linha tênue entre o fazer as coisas com amor e o perfeccionismo desordenado.
Muitas das minhas dores de cabeça na vida foram fruto de um desejo de perfeição que eu não conseguia atingir. Deixava uma marquinha de equívoco aqui, outra ali. Engrandecia os pequenos vacilos considerando-os defeitos grandiosos e dignos de reprovação, perdendo a alegria de percorrer determinados caminhos. Sem maturidade e leveza, deixava de valer a pena.
Muitas das nossas crises podem ter origem numa postura assim, sabia? Desconsideramos nossas dificuldades e carências, colocando nossa humanidade de fora do processo, gerando um olhar distante no nosso semblante e uma falta de ânimo que aos poucos vai marcado nossa personalidade e afastando pessoas. Queremos estar no topo da nossa satisfação mental, com a perfeição reluzindo feito diamante no sol, mas acabamos indo pouco a pouco para um canto úmido e gelado de nós mesmos.
O processo requerido para vencer isso é o enterrar a lupa no jardim e parar de olhar para os detalhes mínimos das coisas que nos cercam – claro que há alguns importantes, mas não são todos. Podemos fazer as coisas de um modo muito bem feito, não perfeito, e ficarmos satisfeitos com isso. Querer tudo alinhado o tempo inteiro é ilusão, coisa que hora ou outra nos levará à frustração e arrancará de nós a humildade.
Sem a lupa da paranoia ao medir nossos resultados, aos poucos nossas noites voltam a ser bem dormidas, nossa aparência no espelho parece menos outono e mais primavera, a causa de nossa introspecção forçada deixa de existir. Passamos até a amar de novo a criação de Deus ao nosso redor.
Mas é preciso querer. E se esforçar muito para deixar hábitos nocivos de lado, ainda que custe muito.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.
Parabéns por mais um dos seus textos que nos leva a refletir sobre como conduzir melhor nossas atitudes para um vida mais simples e saudável.
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