Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Give Me Something)
Me parece que uma das coisas mais difíceis no processo de amadurecimento é aprender a medida certa do olhar para si. Podemos cair em dois extremos: ou nos engrandecemos colocando em pedestais ou caímos no equívoco de reduzirmo-nos a nossos erros. E ambos estão errados.
Eu descobri esse ano que preciso aprender a valorizar mais os meus aspectos positivos – foi isso que meu psicólogo pediu de mim. Ao mesmo tempo, na intimidade da oração, descobri que preciso descer de alguns pedestais que construí para mim mesmo. O motivo é simples: quando coloco minha vida na balança, não reconheço o que de fato tenho de bom, mas tenho a triste mania de me colocar acima dos outros na comparação das aptidões que me são próprias.
Medíocre, né?
Com a vida passando, vamos aprendendo que quanto mais aprendemos menos sentido faz anunciarmos a nós mesmos. Não precisamos vender nossa imagem, sermos conhecidos, tomar o lugar de última bolacha no pacote. Essas coisas podem até parecer legais, mas não preenchem a gente. Não somos o centro do mundo e não adianta viver como se fôssemos. Buscar a verdade é mais importante do que criar uma casca para si, por exemplo. Mudar a si mesmo à luz de Deus, igualmente.
O processo de autoconhecimento não é extraordinário. Só precisamos educar o nosso olhar para contemplar a realidade e extrair dela as conclusões. Se formos capazes de sermos honestos neste sentido, veremos que somos melhores que os outros em alguma coisa, mas na maioria do que nos cerca carecemos de ajuda. E perceber isso é igualmente satisfatório e libertador. Um peso enorme sai dos nossos ombros, porque percebemos que inventamos certas responsabilidades e colocamos sobre nossos próprios ombros.
E não precisamos disso.
Importa colocar a vida na balança, perceber prioridades, elencar um ponto para trabalhar de cada vez. Crescer em virtudes não requer obras mirabolantes, mas escolhas firmes e constantes para dar um passo de cada vez. Refletir um pouco e colocar um objetivo para trabalharmos por tempo indeterminado talvez seja o melhor caminho. Também, darmos nome à nossas trevas, identificarmos o remédio e empregarmos os meios. Os grandes santos recomendam revisitar a consciência todos os dias para ver se conseguimos dar os passos que precisamos. Quando nosso comportamento estiver habituado ao certo, trabalhamos outra carência.
Amadurecer é difícil, sim, mas quando lembramos que o critério não somos nós mesmos, a coisa toda fica mais fácil. Basta pensar o que Deus espera de nós, não o que esperamos dEle. E meio caminho estará andado.
O resto, o passo a passo até meta se dará no dia a dia, quando formos colocando tijolo por tijolo, virtude por virtude em busca de uma vida feliz.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.