Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Haven’t Met You Yet)
Sua cara de assustada no espelho de manhã tem permanecido idêntica desde a última decepção. Você foi demitida? Romperam um amor com você? Ou simplesmente sua mente chegou à conclusão de que seus sonhos não são os mesmos de um ano atrás? Eu não sei, você não me contou. Mas, se eu pudesse dar o diagnóstico-fajuto-de-um-palpiteiro-qualquer, diria que é medo de recomeçar.
Recomeço é uma palavra que chega a dar calafrio só de pensar, né? Pensamos nos anos que gastamos, nas dores de cabeça, nos estresses momentâneos e nas coisas que fazem parte da nossa vida agora e não farão mais. Sabe qual a razão disso? Quando ouvimos a palavra pensamos sempre nos extremos, sem nos darmos conta de que recomeçar é algo que acontece conosco todos os dias.
Levantar pela manhã não é um modo de começar de novo? Provar uma comida nova, fazer uma viagem nunca feita antes, retomar velhos hábitos ou criar novos… Não se recomeça de algum modo sempre que se faz alguma coisa dessas? Pode ser o regresso a uma fase feliz, a criação de uma nova memória, a construção de uma nova característica que te acompanhará todos os dias até o fim da vida. Não precisa ser algo grandioso, apenas significativo.
E não é necessário tragédia nenhuma que anteceda algumas mudanças. Concorda?
Claro que haverá momentos na vida em que rupturas serão necessárias: se rompe com a vida velha para assumir uma vocação nova, se rompe com hábitos particulares quando se resolve subir ao altar e juntar as escovas de dentes com quem se ama. Mas, de resto, a maioria dos nossos processos de recomeço são, no fundo, processos de continuidade. A vida bate um pouco, cobra com juros, exige respostas. Mas nós somos adultos o suficiente para lidar com isso, ainda que custe.
Sua cara de susto é um pouco consequência de quem não percebeu que mudanças fazem parte. A rotina muda, as obrigações, os lugares que frequentamos e as pessoas que vemos pela manhã. Mas nós também mudamos. E não ter os mesmos sonhos e os mesmos projetos de antes é só parte do processo.
No fundo, a gente sempre fica, mude o que mudar, aconteça o que acontecer. Nem tudo ressurge do zero. O mundo pode virar de ponta-cabeça, no entanto ao menos nós permanecemos.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.