Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Love Will Set You Free)
Suas crises na hora de dormir não foram escritas no jornal que eu leio. Só consegui ver uma postagem que você curtiu e fala sobre a ausência de rumo. É isso mesmo que você sente ou tal carência é de alguém que vive perto de você e seu coração simplesmente se compadeceu? Não faço ideia… Mas sei que existem madrugadas de insônia no seu mês. E isso implica que algo não vai exatamente como deveria.
Novembro está chegando ao fim, dezembro está logo aí e o calendário finda mais uma vez. O que você tem feito? Antigamente eu te diria para fazer o que quiser, abraçar suas vontades, mover o mundo como você pensa ser melhor para si. Hoje eu já não te digo isso. O peso da idade e a consciência da realidade (ainda que parcial) vão mostrando que nossas vontades às vezes podem ser pedras de tropeço bastante grandes no nosso próprio caminho. O calendário virará independente disso, okay. Mas quantas vezes isso ainda acontecerá? Melhor: quem garante que estaremos vivos quando isso acontecer?
A percepção do tempo passando deve gerar em nós a consciência de que o nosso futuro é finito, e não sabemos quantos dias nos restam. Será ainda dois meses, trinta anos ou meio século o nosso tempo aqui? Eu não posso dizer. Você pode? Até queria, eu sei. Mas penso que é até melhor não saber de determinadas coisas.
O que importa é que em pouco tempo 2022 vai ter virado passado. Nossas vidas, em um pouco mais de tempo quem sabe, virará a mesma coisa. E como lidamos com isso? Estamos preparados para prestar contas do que vivemos e do que amamos quando Deus vier e nos chamar pelo nome? É fundamental que sim. Aliás, é a única coisa importante.
Eu tenho uma prova difícil amanhã, mas ela é desimportante perto da eternidade que eu tenho para construir antes de minha vida acabar. Talvez você tenha uma responsabilidade grande batendo à porta, mas quanto você tem se perguntado sobre a importância dela diante do sopro que é a vida? Viver só vive uma vez, sim. Mas isso não é motivo para fazer o que se quer irresponsavelmente. Antes, é uma exortação para viver com amor e caridade enquanto é tempo.
Depois, não há volta, você acredite ou não em céu e inferno.
E isso não gera ansiedade nos nossos corações na hora de dormir, gera? Quantos dos nossos medos se relacionam com o que pode nos salvar ou condenar?
O jornal que eu leio não fala de você, tampouco reservou um quinto de página para escrever um parágrafo sobre o meu coração. Mas há algo em comum entre você e eu que as páginas não seriam capazes de expressar de um jeito fidedigno: ambos estamos correndo contra o tempo para viver uma vida que vale a pena.
Os medos, a mente acelerada, a dificuldade de dormir… Todas essas coisas só fazem sentido verdadeiro quando olhadas a partir da eternidade, de onde Deus nos espera para abraçar ou chorar nossos erros quando tivermos que nos apresentar para prestar conta de quem somos e do que fizemos. E isso pode ser apavorante ou profundamente bonito – a ponto de ser esperado com ânsia – com a distância de um para o outro consistindo apenas no amor que vivemos.
Mas amor verdadeiro, não nossas compreensões equívocas e egoístas.
Por isso, pergunto de novo: como temos vivido? Confesso que não sei responder exatamente quanto a mim; só sei que preciso crescer muito ainda. E imagino que você também.
Mas sabe de uma coisa? Não sabemos o quanto, mas ainda temos tempo para mudar o que for preciso. E cada minuto dedicado no empenho para isso tem valor de eternidade. Reencontrar o caminho do céu é possível.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.
Parabéns, excelente reflexão e referência pra o ano 2023
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