Eu preciso parar de competir

Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛


(Leia ao som de Take Control)

Um dos termômetros de maturidade para mim é a capacidade de alegrar-se pelas conquistas de alguém. Você sabe do que eu estou falando: não se trata apenas de rejubilar com aqueles que amamos, como quando nossos pais e irmãos conquistam grandes coisas ou superam dificuldades, mas com todo mundo, sobretudo aqueles que nos incomodam.

O padre que celebrou a missa aqui em casa ontem falou sobre isso: é preciso alegrar-se de fato. Quando vemos alguém que consegue superar as próprias limitações, instintos, objetivos etc, temos a tendência de nos limitarmos a achar o fato interessante. Concordamos, racionalmente nos dizemos que fulano está de parabéns, mas isso não nos toca. Agimos como casaco impermeável, porque, se a conquista não é nossa, se molhar por quê? Pior que até a nossa admissão de que o outro tem seus mérito às vezes depende de a tal pessoa ser alguém com quem nos damos bem… Mas e quando é com quem não nos agrada? Nem nos custa fazer cara feia.

A maturidade é o critério que nos ajuda a compreender o que é competição e o que não é na vida. Não se trata de ser primeiro em tudo, mas de compreender o próprio crescimento a partir da realidade toda. Se comparar, por exemplo, pode ser tão imaturo quanto não se alegrar pelas conquistas do outro. Em ambos os casos colocamos a nós mesmos no centro: se não é conosco, se não estamos no topo, não nos interessa. Visão pequena a nossa, não?

Quem se alegra pelos outros compreende que os processos para cada pessoa são diferentes. Quem não se compara, também. O que é fácil para minha pessoa, pode não ser para outro. E vice-versa. O que é uma conquista para mim, pela qual chego ao topo da minha meta, pode não ser para o outro. Com isso, me pergunto: tem sentido limitar a vida a conquistar o primeiro lugar custe o que custar? Pouco, me parece… Quase nada.

O que nos falta é um olhar caridoso e irmão, coisa que perdemos nas últimas décadas, quando passamos a viver ao redor do dinheiro, do status e do prazer.

A beleza da maturidade é a compreensão de que, seja no trabalho, seja no estudo, se meu colega vai mais longe que eu, acabo ganhando junto. E, se por ventura eu for melhor em algo, arrastarei ele comigo. Sem egoísmos, mas com auxilio mútuo.

Muito dos males que enfrentamos é fruto dessa nossa imaturidade e mania de competição: queremos ser lobos solitários, esquecendo-nos que toda alcateia anda em conjunto e é milimetricamente pensada para não deixar nenhum dos mais fracos para trás.

Júlio Hermann.


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Crédito da foto: aqui.

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