Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a amar melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Always, i’ll care)
Meu coração está estagnado há alguns minutos naquela angústia igualmente boa e chata de quem vai sentir saudades. Não existe exatamente uma receita que coloque freio nisso. É sentir, abraçar a dor feito travesseiro e esperar o tempo fazer acalmar.
Eu penso em quanta coisa boa aconteceu no que eu vivi e não vai acontecer mais. Não consigo decretar essa fase de mudança como benção ou cruz, mas sei que ela vai se embrenhando corpo adentro e tomando conta dos pés à cabeça. Deitei para dormir um pouco e acabei acordando de susto, porque o processo de deixar a ficha cair costuma ter lapsos de ilusão.
Faço uma lista mental das coisas que perderei: cafés da tarde com doces que eu não deveria comer em tão grande quantidade, mas fingia que podia; visitas repentinas tarde da noite, para tomar um café ou combinar o domingo seguinte; abraços apertados nas voltas para casa ou nas saídas das missas de inverno; e tantas outras coisas que envolvem sorrisos, piadas, afeto. Valeria o preço de brigar com o relógio e estagnar o tempo, mas não adianta.
Fazer a experiência de viver é contemplar pequenas mortes particulares que dão espaço a uma nova vida. Eu, por exemplo, estou me mudando em breve. Cessa com isso a presença de pessoas que eu aprendi a gostar, depois a amar, e que não farão mais parte dos meus dias por anos inteiros – pelo menos. Mas é necessário seguir o caminho.
O coração pesado na hora de dormir, a aflição antes de dar tchau, o medo de deixar no passado uma fase bonita da vida não é mais do que a prova de que valeu a pena. Se não existisse essa pequena dor, essa fagulha de angústia que toma o peito inteiro, o que teria valido a pena naquilo que passou?
Não é bom, mas sentir essa saudade precipitada é tudo o que eu quero. Talvez ela aumente ainda mais depois, okay, faz parte. Não posso levar todo mundo que amo e quero bem para sempre. Mas o que eu vivi se comprime para caber nessas horas de delírio entre o passado e o futuro, entre o que aconteceu e o que virá.
É chato pra burro, mas igualmente bonito. E é justamente isso que eu quero que você sinta em todo processo de transformação da sua vida.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.