Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Pictures)
Eu acho que existe uma coisa que, mesmo com o passar dos anos, não deixa de ser difícil: lidar com decepções. É claro que a vida pode nos ir moldando em uma casca grossa, resistente para não furar com qualquer revés. Mas, quando acontece de algo conseguir perfurar a barreira que temos, como se manter inteiro?
Um dos grandes desafios que enfrentamos na vida adulta é manter-se de pé quando algo desaba. Depois de sairmos de casa, morarmos sozinhos e termos os próprios boletos no fim do mês, nada parece ser abrigo seguro o suficiente para as nossas noites de dor e solidão. As preocupações tomam nossos pensamentos, pegar no sono se torna penoso e acabamos trocando a noite pelo dia – e nem é por vontade própria. Vamos até ficando mais velhos no reflexo do espelho, com as rugas e os cabelos brancos aparecendo aos poucos e aos montes.
Doloroso, não? Eu acho. Mas penso igualmente que nos falta interiorizar uma coisa que já sabemos racionalmente, mas dificilmente entra em nossos corações: decepcionar-se faz parte da vida.
Noites escuras, madrugadas de medo, manhãs geladas e tardes de inverno nos acompanharão dos primeiros aos últimos dias. Podemos ser fortes, vestirmos uma carcaça forte feito aço, mas não resistiremos a tudo. O nosso processo de crescimento requer que enfrentemos as dores e que o consigamos fazer de uma maneira saudável, já que a vida continua.
Um emprego que nos tira a paz, os problemas grandes que surgem para resolvermos e as diversas outras coisas que parecem nos engolir tem uma coisa em comum: são todas passageiras. Nós, ao contrário, sempre permanecemos, ainda que às vezes um pouco feridos pelo processo.
O que fazer, então? A solução talvez seja enfrentar e encontrar um porto-seguro naqueles que sabemos que podemos contar: nossa família e os amigos que sabemos que nadariam um oceano para nos ajudar a aguentar o tranco. Estes também permanecem, como nós.
Se decepcionar, cair e ter que reaprender algumas coisas não é o fim do mundo. Dói, incomoda, faz o coração rasgar às vezes, mas com a vontade educada a persistir e as pessoas certas ao nosso lado, podemos enfrentar essas realidades.
Imunes a estas tragédias não estaremos para sempre. Mas podemos esperá-las um pouco menos despreparados. Pode ser mais fácil para você do que para mim – ou mais difícil, não sei –, mas empregando os meios, ambos conseguimos.
Eu sei que sim. Espero que saibas também.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.
Você é um grande autor, uma grande pessoa, um grande ser. Você é luz e tira o sorriso do rosto das pessoas fácil. Você alegra nossa alma e tem o dom de nos tornar melhor todos os dias.
Abraço, Julio Hermann ❤️
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