Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Veni, Veni, Emmanuel)
Fazer a experiência de viver é uma das coisas mais bonitas. Mas eu não falo de simplesmente estar vivo e aproveitar os momentos, mas fazer experiências de fato. Preparar-se, ansiar, arrumar as coisas, tirar o pó do coração e arredar os móveis da casa para tirar a sujeira antes de grandes coisas acontecerem. Sem um coração preparado, como se ama direito? Como se recebe uma visita direito? Como se faz a experiência do encontro de modo bonito?
Nós nos tornamos práticos. Se você me conhecesse e visse como eu mesmo ajo assim, acho até que se assustaria. Tenho dificuldade muitas vezes de olhar as coisas como grandes, tratá-las como importantes e gastar um pouco de tempo e coração para criar o ambiente ideal. A consequência disso é, tantas vezes, acostumar-se aos fatos e viver de modo não tão profundo como deveria.
Entender os ciclos como necessários – como acontece comigo – não pode ser motivo para nivelar os acontecimentos da vida todos no mesmo nível. Se acostumar com o grande, com o sobrenatural, com o que tem peso de eternidade e reduzir tudo a mais um rito de passagem na vida cotidiana é quase cair no erro da pequenez de coração. A vida, como os acontecimentos, possui hierarquia. E feliz de quem consegue colocar as coisas no seu devido lugar.
No próximo fim de semana, antes de eu escrever um texto novo, acontecerá um dos maiores milagres da história, a ponto de romper a cronologia. O Cristo Senhor, Deus eterno e Senhor da história, desce de Sua majestade para tomar a condição de homem e visitar a mim e a ti. E eu posso me acostumar com isso, banalizar o fato, olhá-lo simplesmente como algo universal e não tomar consciência de que um Deus que deita numa manjedoura de animais, escolhe fazer isso por amar a mim.
Qual minha reação? Ficar indiferente? Assimilar com a inteligência e manter o coração impassível? Acostumar-me, já que não me parece novidade? Espero que não.
Fazer a experiência de viver é adentrar o mais profundo possível nas realidades que enfrentamos e nos mistérios que celebramos. Fazer uma boa confissão sacramental, pedir a docilidade do Cristo que vem para fazer da vida mais mansa e humilde, vislumbrar-se com a grandeza de um mistério que é incompreensível e, por essa mesma incompreensão, ainda mais grandioso… Tudo isso ajuda. É fundamental até.
Na semana passada um padre dizia na homilia da Missa em que estive que a maior tragédia do homem é passar pela vida sem conhecer o amor. Eu concordo. Mas diria que tão trágico quanto não conhecer o amor, é não vive-lo como ele merece ser vivido.
A experiência do Natal é a experiência do amor. Não se esqueça disso quando celebrar o Cristo que real e concretamente vem para te amar.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.
Meu amigo querido, grata pelo texto tão relevante para essa semana que antecede o Natal.
Um grande e afetuoso abraço.
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