Você não vai a lugar algum assim

Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛


(Leia ao som de Heart Open)

Eu acho engraçado como nós queremos que as coisas aconteçam de uma hora para outra em nossas vidas. Percebo que temos expectativas imprudentes em algumas coisas. Quando realidades nos incomodam e acabamos saindo de nós mesmos, reclamamos e sofremos aos gritos na ânsia de o mundo responder aos nossos anseios. Queremos – e quantas vezes isso acontece! – dar o último passo antes do primeiro, chegar ao destino antes de começar a caminhar, resolver as coisas de um instante ao outro, sanar defeitos sem passar pelo processo requerido para isso.

Complicado, não? Ansiosos pelo desfecho, indispostos a trabalhar por ele…

A virtude é um hábito operativo bom – usando uma definição bem simples. E quando olhamos para as carências que trazemos conosco, parece que nos esquecemos disso. Somos apressados, inconstantes, movidos demais pelos sentimentos. Queremos de um dia para o outro nos tornarmos generosos, dedicados, mansos. Dormir com o defeito e acordar com a qualidade. Até fazemos um propósito firme e sincero, mas nos decepcionamos e deixamos a ideia do lado se ela não se tornou concreta na manhã seguinte. Acabamos não saindo do lugar, já que essa frustração é fruto de uma compreensão parcial da realidade das coisas.

A paciência pode não ser a mãe das virtudes, mas é fundamental para conseguir todas as outras. Quem não sabe esperar não vai longe na vida. Desiste fácil, não sabe lidar com pequenos fracassos, acha que as coisas precisam se transformar da água para o vinho com o simples querer. Acaba aceitando migalhas ao invés de construir histórias concretas.

Melhorar de uma dor, aprender algo novo, crescer em uma qualidade contrária ao nosso defeito dominante: tudo isso requer tempo, paciência, esforço e coragem. Não se deixa de ser preguiçoso levantando todos os dias às cinco da manhã, mas deixando de procrastinar as coisas e se dedicando com esmero a cada tarefa do dia. Se acordamos antes do sol nascer e enrolamos na hora de fazer as coisas, que diferença faria termos acordado duas horas mais tarde? Pouca. Nenhuma, talvez. Porque não se trata disso. Na paciência, na coragem e nas demais virtudes é a mesma coisa: tão importante quanto o ato inicial é a constância e a perseverança.

Além disso, se não somos pacientes conosco mesmos, dificilmente seremos com os outros. E nessa hora a história complica: ou aprendemos a ser mansos e compreensivos, ou acabamos ferindo tanto a quem nos ama como a nós mesmos.

É um desafio, eu sei. Mas o superar dele começa com a tomada de consciência de que, se queremos ganhar o mundo, o primeiro passo é ganhar o nosso próprio bairro. A lugar nenhum iremos sem os primeiros passos – pena que geralmente não os queremos dar.

Júlio Hermann.


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Crédito da foto: aqui.

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