A vida não brinca de ser vida

Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛


(Leia ao som de Easy On Me)

A experiência de crescer é uma das mais fundamentais que precisamos fazer na vida.

Okay, você pode me achar ingênuo dizendo isso, já que envelhecer é um processo inevitável. Chega a soar pleonasmo a frase que eu usei para abrir esse pequeno texto. Mas eu me explico: quanta gente você e eu conhecemos – quando a tal pessoa não é a gente mesmo – que insiste em não crescer? Foram-se vinte, trinta anos de vida; o ensino médio acabou faz tempo e o diploma da faculdade já está até embalado em um plástico na gaveta de documentos, mas se insiste viver de um modo infantil, como adolescente dependente da realidade que o cerca.

Triste, não?

A vida não brinca de ser vida, disse um amigo meu. E é verdade. Quando chegamos a uma certa idade, com a responsabilidade batendo na porta, sabemos que não nos custa muito enrolar e deixar os problemas para serem resolvidos depois. Momentaneamente é até mais cômodo e agradável. Ninguém nos cobra, exige, impõe. Afinal de contas, já temos idade de gente adulta, crescida. Batemos no peito para contar que somos nós por nós mesmos. Mas corremos o risco de dizer isso apenas da boca para fora…

Ser maduro integralmente é complicado para caramba. Talvez quase ninguém o seja. Eu mesmo estou quilômetros longe disso. Até penso ser grande, crescido, capaz de discernir o certo do errado, mas de vez em quando me pego fazendo birra feito criança mimada. Bato o pé, levanto a voz, perco o controle e escancaro para os outros e para mim que não estou pronto como parecia para a vida. O que preciso fazer, então? Arregaçar as mangas e trabalhar.

As coisas seriam menos complicadas se nós, como a vida, não brincássemos: olhássemos nossas carências e aspectos tortos e tentássemos consertar, por mais que custasse e doesse um pouco. E sabemos disso, apenas insistimos em continuar fingindo que não.

Crescer não é pagar as contas no fim do mês, quitar os boletos, viajar e sair sozinho na rua sem precisar dar satisfação de para onde se vai. Isso faz parte da independência, sim. Contudo, ser crescido de verdade é pegar a responsabilidade nas mãos e enfrentar os perrengues e desafios com maturidade e coragem de vencer a eles e a nós mesmos, não fingindo que está tudo bem porque se está sobrevivendo aos trancos e barrancos.

E isso custa bastante, por mais fundamental que seja.

Mas, calma. A gente consegue dar um passo por vez para colocar a vida nos trilhos – eu acredito. Levar a existência a sério talvez seja fazer isso: se olhar no espelho, encontrar o que vai bem e reconhecer o que vai mal em nós, se esforçando por mudar um pouco por dia.

No fundo, é preciso entendermos que liberdade mesmo não é gritar aos quatro ventos independência, mas serenamente ter a memória de que Deus nos deu uma vida para ser vivida um dia de cada vez. Fazer isso, me parece, exige serenidade para encarar e vencer desafios e pegar no colo as próprias responsabilidades, fazendo dos problemas instrumentos para sermos mais adultos e felizes.

Júlio Hermann.


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