Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Come Away)
Talvez você não me conheça o suficiente para saber disso, mas costumo ser uma pessoa bastante engajada naquilo que me proponho a fazer. Não é que minha vontade é soberana à minha preguiça e sempre levo os projetos até o fim, mas, quando entendo que algo é importante para a minha vida e o meu futuro, busco me jogar de cabeça. Sento, estudo caminhos, entendo possibilidades. Esqueço até que o fim de semana é tempo de descanso quando se trata disso e tento obter resultados favoráveis.
Contudo, mesmo indo longe, cometo um grave erro: esqueço a minha humanidade.
Ter grandes sonhos e desafios implica a necessidade de uma prudência e um respeito por si mesmo muito grande. Quando a realidade é empolgante, quando os nossos projetos valem a pena, precisamos ter a nossa inteligência e a nossa vontade caminhando lado a lado para não enlouquecermos: corremos o risco de ficar paranóicos ou nos sentirmos super-humanos se não medirmos as coisas, dando a cada tempo a pausa ou o empenho necessário.
Nestes último dias, meu psicólogo falou sobre a “síndrome de Atlas”. Quem é um pouco vivido sabe do que ela quer acusar: nesses livros antigos que serviam de referência para o estudo antes de a internet nos dar tudo de mãos beijadas, a capa muitas vezes apresentava um homem carregando o mundo nas costas. É interessante a lógica, se considerarmos que podíamos aprender muito de geografia lendo aquele livro. Mas, para nós, que somos imagem real daquela personagem, não é tão interessante assim: agimos como se o mundo dependesse de nós e suportamos nos ombros o que não nos cabe, quase fazendo a tal cena deixar de ser uma mera metáfora.
Autocompreensão é fundamental quando se quer ir longe na vida. É preciso reconhecer os próprios limites e as próprias qualidades. Saber onde se pode pisar e o que se deve evitar. É preciso fugir do erro do vitimismo de se colocar abaixo do que se é, e igualmente da soberba de se achar o salvador da pátria. Ser natural, humano, simples.
As pessoas empolgadas como eu vivem diariamente com esse dilema. A gente se cobra tanto, que até o que é responsabilidade dos outros colocamos como fardos nas nossas costas. E olha que nossos próprios desafios já deveriam nos bastar. Mas, okay, não há muito o que fazer a não ser mudar de mentalidade…
O que pode ser um primeiro passo para isso é ir com calma, fazer o possível e se empenhar com esmero, mas guardando o tempo necessário para descansar e identificar os erros e acertos da jornada. Se não paramos para analisar os passos dados, corremos o risco de ir pelo caminho errado sem nos darmos conta disso. E aí todo o esforço empregado pode ir por água abaixo, com excessão do aprendizado.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.