Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a ser melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Forever now)
Não é difícil a gente colocar a vida no automático. Criamos rotinas para quando levantamos, manias para quando sentamos no sofá, modos de execução pré-moldados para nossas tarefas do trabalho. Almoçamos nos mesmos lugares, comemos os mesmos pratos, juntamos grana para sonhos do mesmo tipo em todas as vezes.
Fazemos isso por quê?
Nos últimos anos, eu aprendi a importância de contemplar a morte como fim certo da estrada da minha vida, independente do caminho por onde decidisse caminhar. Poderia ir por aqui e viver 80 anos ainda, mas terminaria num caixão. Poderia ir por ali e não sobreviver mais do que uma década, mas acabaria no mesmo lugar. Mudariam tempo e circunstância, o resultado não. Irreversível para mim e todo mundo que conheço.
Compreender essa realidade implica na gente a necessidade de uma escolha. A morte não é uma surpresa em si mesma. Do que temos mais certeza? Ou será que achamos que, diferente do resto inteiro da humanidade, não temos um cronometro correndo para o seu fim? E ainda que tivéssemos, que vantagem teríamos sendo os únicos? Nenhuma. Mas é preciso escolher.
Um professor meu diz que desde pequeno perguntava a seu filho o fim último de sua vida, de modo que ele se acostumasse com a morte. Então, quando o pequeno caia na real, ele dizia “filho, cabe a você escolher ser comida de verme ou contemplar para sempre, no céu, um Deus que te ama”. E essa escolha se dá no modo de viver e ver as coisas; do lado de fora e do lado de dentro.
Quanto nós pensamos nisso? Pouco, eu acho. Até eu, com a vida que escolhi, penso pouco.
Claro que ter um modo prático de fazer as coisas, escolher os mesmos lugares, comer as mesmas comidas e fazer o mesmo trabalho do mesmo jeito sempre não implica um problema em si mesmo. Mas quando fazemos isso sem o olhar lá na frente – não para o futuro, mas a morte –, corremos o risco de viver uma vida que sumirá feito pó com o vento.
A lógica de que caixão não tem gavetas não serve apenas para quem é muito rico e parece estar nem aí para os outros. Vale sobretudo para nós. Se o que pauta na nossa vida são as coisas materiais e as experiências que o dinheiro compra, estamos indo no mesmo caminho. Claro que se pode aproveitar as coisas, mas nunca se deve limitar a isso. A estrada da vida verdadeira é outra.
Sabe por que é importante se perguntar pelo que vivemos? Porque se tivermos a ousadia de dizer que é pelo céu – e espero que todos a tenhamos –, precisamos ser coerentes com isso. Podemos fazer tudo o que fazemos, seguir os mesmos passos de sempre, mas nunca tendo a rotina como fim em si. A partir dela, ou amamos a Deus de todo coração e aos outros como a nós mesmos, ou não teremos certeza de nada e temeremos (com razão) nosso último dia.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.