Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a amar melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Another Life)
O ano que terminou passou voando e você está aí, observando o calendário iniciar outra vez sem uma mudança significativa desde a última vez. Queria ter se tornado uma pessoa mais centrada e polida, mas continua colocando os pés pelas mãos quando é contrariada. Tinha vontade de trocar emprego e guardar uma grana para o futuro, mas gastou tudo em memórias que já fugiram da sua cabeça. Pensou dar passos concretos, visitar mais pessoas, aproveitar mais o tempo.
Mas quando você viu era fim de ano e não tinha muito o que fazer.
Eu percebo o quanto nós repetimos isso ao longo da vida, gastando nossos minutos com coisas que não preenchem e deixando a vida para depois. Reclamamos que nos falta tempo, mas quanto sobraria se fôssemos mais desapegados do celular, da televisão, das coisas que nos estimulam e viciam? Eu reclamo que preciso dormir um pouco mais pela manhã para descansar de verdade, mas não seria preciso se eu largasse o celular mais cedo e não desse a última olhadinha na internet antes de dormir. Reclamo que meus dias não rendem o esperado, sempre fica algo para depois, mas na hora de colocar às mãos na massa, não faltam pequenos intervalos para eu me entorpecer nas redes sociais.
Faz parte. O tempo que me falta não é o tempo que eu não tenho, mas o que tinha e se perdeu em pequenos caprichos que só me mantém no mesmo lugar.
Eu tinha um professor que dizia que, se em casa, eu resolvo dormir depois do almoço para estudar um pouco às duas da tarde, quando o relógio bater no tal horário eu preciso estar sentado na mesa com meu café pronto, cadernos abertos, livros sendo lidos. Até adianta se eu acordar no horário marcado e só então me organizar, mas eu perderei minutos valiosos que poderiam mudar muita coisa no fim da tarde.
A angústia da vida não é sobre ter pouco tempo, é sobre gastar o tempo mal.
Se fizéssemos as pazes com o relógio aprenderíamos a gastar melhor nossas vidas. Os minutos de Instagram vendo o sorriso dos outros poderiam se transformar em sorrisos nossos, ora por termos conseguido aprender alguma coisa nova, ora por conseguirmos dar mais atenção a quem está ao nosso redor.
É só uma questão de cair na realidade. Mas caminhar parece tão penoso que a gente sempre encontra uma mensagem antiga para responder, uma foto para curtir, uma curiosidade inútil para gravar na memória.
Que em 2022 a gente reclame menos da falta de tempo e mais de nós mesmos, que gastamos horas preciosas com detalhes que não preenchem coração nem fortalecem a alma.
Júlio Hermann.
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Crédito da foto: aqui.