Sua vida não é ruim como você reclama

Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a amar melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛


(Leia ao som de Fragile)

Você reclama todas as noites quando chega em casa que o seu chefe não te valoriza. Entra porta a dentro, passa um café, arranca os tênis e os joga como dá no chão da sala, antes de deitar a cabeça no encosto e bufar pela primeira vez. Então você se lembra daquele trabalho da faculdade e bufa a segunda. Precisa entregar ele amanhã, é isso que sua agenda diz. Você se olha no espelho e se dá conta de que precisa ver urgentemente qualquer pessoa boa que te diga algumas coisas bonitas. Isso é prioridade, mas você não se decide nem por um nem por outro.

Senta na praça e não olha as pessoas. Pega o celular porque é mais fácil. Calha de a gente se convencer de que fugir de si mesmo com um pouco de entorpecimento na internet é uma boa saída. Fuga da vida para uma realidade que não passa de maquete do mundo real. Você se pergunta quantos dos sorrisos que você vê são verdadeiros. Mas se pergunta sobre o seu? Responde mentalmente que a maioria é fake, mas dá o único sorriso seu de um dia inteiro por sarcasmo.

Você levanta imediatamente quando o despertador toca, e isso deveria ser um ato heróico. E é, para quem vê de fora, mas do lado de dentro você argumenta que celular custa caro e não vale a pena estraçalhar ele no chão e voltar a dormir. Ao menos não hoje.

Os seus pais perguntam como as coisas vão, você diz que bem. Seus amigos convidam você para um café no sábado à tarde, porque a idade vem acompanhada da troca das madrugadas pelo pôr-do-sol. Você nega, sempre nega. Nega até quando aceita, porque aproveita o celular ao invés de aproveitar a eles.

E a segunda-feira chega de novo e a única coisa que você viu passar foi o seu feed, foto por foto, rolando para cima.

O seu problema não é o seu chefe, seus amores, seus pais, seu cachorro que resolveu até mesmo ele te ignorar. Seu problema é não olhar para cima, não erguer os olhos. É não enxergar a criança ralando o joelho e se doer por ela, não perceber que seu chefe enfrenta barras que você nem imagina, que a faculdade não quer te colocar um fardo, mas te levar a um futuro novo.

Você está vivo. Finge não estar, mas está. E existir é infinitamente melhor do que não existir.

Só existindo se consegue transformar trapos, misérias, solidão, pequenez, vazio em amor. E você tem todos os instrumentos. Basta começar.

Júlio Hermann.


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Crédito da foto: aqui.

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