Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude a amar melhor. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de The Open Road)
Muitas das coisas da sua vida deixaram de ter cor no momento em que você passou a encarar os seus passos como algo comum. Alguma coisa estava prestes a acontecer, mas você não se preocupava. O tcc estava logo ali, há algumas horas de distância, mas tanto fazia a necessidade de ir bem — aconteceriam aqueles quinze minutos e puft, tudo consumado, vida que segue. Nem um mísero pico de alegria.
Você e eu paramos de nos importarmos com as coisas significativas. Percorremos anos de caminhada para acabar a faculdade e sorrir forçado para fotos. Trabalhamos meses inteiros para realizar um sonho que, no fim das contas, foi só uma bugiganga a mais na prateleira. Acordamos cedo, nos esforçamos aos montes, para chegarmos ao fim e encarar o topo da montanha como algo ordinário.
Não é que todos os nossos momentos tenham sido grandiosos ou divisores de água, mas foram importantes. Não conseguimos reparar nisso, mas nossa frieza não tira deles esta verdade. Não chegaríamos longe como chegamos se não fosse pela existência deles em algum canto do passado.
Eu vejo por mim: durante anos, minha vida foi tomada de grandes eventos um depois do outro. No trabalho era assim, porque fazia parte do meu ofício, e nos livros era a mesma coisa. Eu até me alegrava nas vésperas, esperando por um evento novo, um lançamento ou uma bienal. Mas, no resto do ano, não era como se grandes coisas estivessem acontecendo. Mas estavam. Eu me formei na faculdade em 2019, mas ainda não busquei o diploma, acredita?
Nós tornamos nossas vidas mais frias na medida em que não nos permitimos amar com profundidade as experiências que fazemos. Mas, faz parte. Eu tenho um modo fleumático de lidar com isso, talvez o seu seja outro.
No entanto, importa o seguinte: eu sei que sou quem sou pelo que Deus fez de mim a partir do que vivi. E isso é belíssimo.
O passo a passo, daqui por diante, é registrar com mais carinho os processos que eu enfrentar. Vale para dor, vale para a alegria. Se não for assim, correrei o risco de estar caminhando na chuva sem me molhar — ou, frequentando a escola da vida sem me permitir crescer nela.
Espero que você não esteja vivendo assim. Quando tudo passar, vai importar mais os sorrisos sinceros do que a agenda abarrotada e as noites pouco dormidas pelos compromissos que devoraram, mas passaram.
Júlio Hermann.
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