Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de Why Can’t I Change)
Sua vida perdeu um pouco de sentido quando você passou a olhar todas as coisas como se fossem pequenas. Seus dias passaram a ser horas intermináveis ao redor de tarefas que não significavam nada para você: tomar banho não tinha sentido, abraçar alguém pela manhã não tinha sentido, trabalhar não tinha sentido, agradecer a Deus o dia não tinha sentido. Eram coisas simples demais, você insistia. Por que dar atenção em demasia?
E aos poucos você foi se perdendo.
Sua ilusão foi analisar a realidade a partir dos grandes acontecimentos. O que importava o futuro depois da formatura, se você poderia abraçar o ápice da existência naquela única noite? O que importava o início de um ano novo, se você tinha os últimos instantes antes da virada para afogar a vida em garrafas de espumante e sorrisos forçados? O que importava os detalhes, se o mundo estava correndo ao seu redor e você era incapaz de acompanhar tudo?
Mas não adianta. A realidade sempre volta ao seu lugar.
As nossas dores parecem nos colocar contra a parede e nós tratamos logo de colocar a anestesia de alegrias efêmeras para não sofrer. Perdemos um amor, mas não nos custa muito ter outro novo na semana seguinte. Largamos um sonho, mas nada nos custa fingir que nossos corações não sofreram. Esquecemos de dar amor às pessoas num domingo, mas talvez não fosse tão necessário assim, já que somos jovens e a vida é longa.
Se cobrar pelo quê? Abraçar a dor por que motivo?
Nós vivemos uma época de inversão de valores. Infelizmente, damos mais atenção às pessoas pelo que nos proporcionam do que para a sinceridade de seus abraços. Medimos o amor que damos pelo que recebemos de útil e agradável. O coração aparentemente saciado, coitado, acaba nem sempre vivendo uma realidade profunda de amor: o dopamos de ilusões o tempo inteiro, mas desconhecemos a realidade.
Voltar a dar atenção às coisas pequenas é um processo a se redescobrir. Abraçar alguém é mais importante que dar um presente. Se fazer presente é, de vez em quando, mais complicado do que pedir desculpas mais tarde pela ausência. Mas é nesses esforços singelos que a vida é bonita.
Quando medimos o amor de alguém mais pelo sim do que pelo não que a tal pessoa nos diz, alguma coisa está errada. O pequeno — e o que importa — é o que não percebemos, mas faz nosso amor sobreviver. Como o oxigênio: podemos nem lembrar que existe, mas ele permanece ali, dando vida.
Júlio Hermann.
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