Oi, sê bem-vindo. Espero que esse texto te ajude. Fique com Deus. Boa leitura. 💛
(Leia ao som de On My Way)
É injusto que você meça seu passado com a maturidade que você tem hoje. A pessoa que você é agora não existia lá atrás. Okay, seu rosto carrega as mesmas marcas, sua altura não mudou tanto quanto mudava quando você era criança. Mas isso não quer dizer que você estava pronta.
Agora você consegue olhar o mundo com mais clareza, não? Sabe os passos que pode dar e quando precisa colocar o pé no freio. Conheceu um pouco mais do comportamento do próprio coração e consegue perceber como sua mente responde às recusas. Mas isso foi acontecendo com o tempo. O discernimento é sempre algo gradual.
Você se cobra por um amor que deixou de existir porque você pisou na bola. Se condena pelas oportunidades que perdeu por estar preocupada com o que era desimportante, e agora importa menos ainda. Se convence de que poderia estar lá, no outro lado do mundo, mas permanece no mesmo lugar.
Uma das maiores crueldades que nós podemos cometer é julgarmos nosso passado com o olhar do presente. O demônio sempre vai tentar nos convencer de que ainda somos capazes dos mesmos erros, ou que poderíamos os ter evitado facilmente se quiséssemos. Mas é bobagem. Crescemos muito nesses anos para ignorar que ainda não estávamos prontos para a vida quando tudo aconteceu.
Cada fase da sua existência terá seus vacilos e seus erros. E você deve olhar para o passado como um irmão mais velho capaz de te ensinar em quais campos minados não pisar. Ele não pode ser seu juiz, mas seu professor.
Para o futuro vale outra máxima: não caia no erro de achar que você vai ser sempre assim. Pisou na bola hoje? É provável que exista um amanhã. Comece, então, a amar agora.
O conserto é sempre para hoje. Seus erros do passado aconteceram, cobraram seu preço e passaram. Agora é vida nova.
Você não era quem é hoje. Dê graças a Deus por isso. Seus erros passados não são presentes. Apenas mantenha o coração alerta para não cair outra vez.
Júlio Hermann
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Foto: Igorovsyannykov
Júlio Hermann 