(Leia ao som de High Hopes)
Eu espero que o seu coração sinta medo. Mas não só medo: espero que ele se quebre algumas vezes nos próximos anos — ou meses, semanas, minutos. Que sinta-se quebradiço e pense que não vá acordar na manhã seguinte, mas que desperte outra vez quando a claridade do sol invadir a veneziana do seu quarto antes de você levantar.
Não porque eu te odeie, mas porque te amo.
Você e eu chegamos em uma idade em que não precisamos ter medo de ter um coração ferido, mas devemos ter pavor de permanecermos sempre os mesmos. Não por apego a dor, mas por amor a quem somos agora e quem devemos ser amanhã.
Seus amores fracassados te ensinaram lições importantes para o amor de agora, não ensinaram? Os problemas que você resolveu no trabalho no ano passado deixaram seus problemas de hoje mais suportáveis — talvez não medos complicados, mas mais fáceis de serem entendidos e vencidos. Os erros que você cometeu com quem ama, com seu pai ou sua mãe, deixaram seu coração com um sinal de alerta ligado — porque quem fere uma vez não quer ser causa de sofrimento de novo.
Mas nossa geração é estragada. Você e eu somos. Fugimos da dor todos os dias. Deixamos de dar passos porque a renúncia exige muito de nós. Não começamos a amar algo ou alguém porque o nosso coração pode ser quebrado ali na frente. Não abrimos mão dos nossos luxos porque é melhor viver uma vida medíocre e cheia de paz (uma paz cheia de vazio) do que uma existência de desafios e coração.
É uma pena sermos educados ao óbvio: abraçar o garantido, amar quem nos ama, dormir às onze da noite para acordar às sete começar tudo de novo no dia seguinte em vidas que não são nossas — até poderiam ser, mas a gente tem medo de quebrar a cara, e então vamos abrindo mão…
Um amigo uma vez me ensinou que maturidade é algo que não se adquire com o tempo, mas com a coragem. Porque alguém que sofre um ano inteiro e cresce com isso, sabe muito mais sobre o amor do que quem vive dez anos inteiros parado no mesmo estágio: nem feliz, nem triste; apenas vivendo.
A frustração não é a mãe da sua infelicidade, mas o contrário. Você e eu seríamos muito mesquinhos se não tivéssemos quebrado a cara e não nos tivessem forçado a crescer. Porque calha de ser assim: a gente aprende o amor quando descobre o que não é amor; descobrimos como é ser feliz depois de sermos tristes.
Faz parte.
Eu espero que seu coração sinta medo — e o meu também — para que você vença essa paralisia e seja mais feliz. Que ele se despedace, mas faça de você alguém melhor.
Porque a sua felicidade depende disso. E sua maturidade também.
Júlio Hermann
Espero que você tenha gostado desse texto. Fique com Deus e tenha semana feliz. Que Maria e teu Anjo te ajudem.
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Foto: Deni Eliash
Júlio querido. Desejo que tua mente e teu coração, continuem inspirados com essas preciosas palavras. Que consigas crescer sempre mais, e mais. Abraços.
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