Por que esse medo de bater com a cara no muro?

(Leia este texto ao som de Afterglow)

Depois de bater a cara no muro uma dúzia de vezes, você se convenceu que mais vale manter os dois pés cravados no chão do que sonhar. Entendeu que talvez até existam pessoas em quem se possa confiar, mas que não vale o risco. E se me ferirem outra vez? E se eu não corresponder com honestidade e acabar as ferindo?

São perguntas honestas, eu sei. Partem do zelo do seu coração em ser alguém bom. Mas, desculpe: elas não merecem espaço na sua vida.

O processo de viver acaba trazendo manias chatas para nossas existências. Algumas vezes a experiência vem lotada de adereços que mais parecem armaduras do que maturidade. Caímos na ilusão de achar que se defender o tempo inteiro é ser sábio, quando isso só priva a gente de focar nas coisas que realmente importam.

Me assusta a sensação de que às vezes preferimos viver uma vida cinza a conviver com a possibilidade de ter um coração ferido, como se conseguíssemos de fato excluir a presença das dores das nossas realidades. As pessoas mais felizes do mundo sofrem, sabia? Até Deus quando se fez homem Se deixou sofrer. Por que com nós precisa ser tão diferente assim?

Você deixa de fazer novas amizades, porque seus amigos podem descobrir seus segredos e abrir seu coração para o mundo. Deixa de convidar quem quer por perto para sair porque a pessoa pode tomar posse do seu coração já no primeiro encontro, e você não está pronto o suficiente para se deixar desarmar por alguém. Evita passar as últimas horas de um domingo com a família, porque uma hora precisará se mudar de casa e a dor vai ser mais latente se houver apego.

Bobagem.

Transformar seu coração em uma máquina que não sente – ou pior, que sente e finge que não – é perigoso, profundamente perigoso. Você crava os pés no chão por medo de voar e acaba esquecendo de viver quase que inconscientemente, fazendo as mesmas coisas e sentindo os mesmos medos todos os dias.

Que pena.

Se convencer do contrário é difícil, eu sei. Dar passos no escuro traz sensações constantes de pavor em mim também. Mas se eu não caminhar por mim mesmo, quem o fará?

Nós precisamos estar dispostos a bater a cara no muro. Afinal de contas, a decepção é a prova de que se amou e sorriu antes de alguma pequena tragédia particular acontecer. E o que são nossos corações que não o resultado desses pequenos acidentes?

Júlio Hermann


Espero que você tenha gostado desse texto. Fique com Deus e tenha uma linda semana.

Se você quiser se inscrever na minha newsletter e receber as conteúdo exclusivos clique aqui. É de graça.

*Meu terceiro livro (e primeira ficção) já está em pré-venda. Se você gostou deste texto, tem grandes chances de se identificar com ele.

As duas versões de nós dois (40% de desconto)

As duas versões de nós dois: O amor pode ser uma surpresa | Amazon.com.br

PARA COMPRAR:

Amazon

Submarino

Americanas

Travessa

Para comprar o Tudo que acontece aqui dentro e o Até onde o amor alcança, meus dois primeiros livros (com desconto na Amazon), clique aqui.

Foto: crédito aqui.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.