(Leia este texto ao som de Rescue Me)
As vezes em que você pisou na bola não definem quem você é. Nem quando acertou minas explosivas por engano. Menos ainda nos momentos em que não conseguiu segurar a fala e disse o que não devia.
Em cada vez que você não conseguiu se doar de chega por algo importante, você não deixou de ser suficiente. As batalhas que você não vence ou não chega a lutar não são um reflexo da garra que você tem.
Os dias em que pareceu que todos te olhavam torto ou te acusavam de algo que fugia do seu alcance, não foi culpa sua. E, ainda que tivesse sido, você não deveria carregar o peso do mundo sobre o ombros, porque não é a única pessoa no mundo a errar às vezes.
Nas noites em que você se sentiu impotente, porque o seu corpo não aguentou o tranco e se entregou ao cansaço quando ainda havia muito a ser feito, você merecia descansar. Você queria fazer mais, eu sei, mas não tinha como. E está tudo bem.
A ruína do mundo não é culpa sua. A sua ansiedade te sabota.
Mas a salvação pode ser.
Os seus erros serão insignificantes se o seu coração arder pelo desejo de não cair mais.
Nós vivemos em um tempo de apontamento de dedos. É uma cruz para cada erro alheio, outra imensa para nós mesmos quando nos olhamos no espelho e percebemos que fizemos qualquer mal. Mas a vida não é só isso.
Deus não cobra perfeição de você. Ele só espera sua luta.
Quando cair, se preocupe mais em levantar e menos em carregar uma culpa maior do que a que você tem. Escrúpulos são um veneno às nossas mentes fracas.
Nós andamos tão preocupados em ser melhores que os outros que esquecemos de os ajudar em suas quedas, na mesma medida em que esquecemos que também nós merecemos levantar quando pisamos na bola.
Todo mundo fracassa de vez em quando, ok? Mas ninguém é fracassado quando – ao menos – tenta seguir em frente sendo melhor do que se era.
E você cairá cada vez menos sempre que se colocar de pé outra vez.
Júlio Hermann
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Até onde o amor alcança
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