(Leia este texto ao som de Just You and I)
eu fico olhando o mundo correndo do lado de fora da janela de casa e não sei exatamente o que fazer para estagnar as engrenagens. já tentei de duas ou três formas diferentes, gritei aos ventos que eles estão perdendo o mesmo tempo que eu perdi por anos. mas não adiantou muita coisa.
não foram poucas as vidas que eu deixei escapar correndo atrás do que não era verdadeiramente importante para mim. esforço dobrado no trabalho para pagar o material, noites em claro para gabaritar uma prova que não era importante a ponto de tirar minha saúde mental, fins de semana inteiros perdidos correndo atrás de objetivos rasos que não preenchiam meu coração…
pra quê?
nossas vidas são curtas demais para lutarmos batalhas que não transbordam amor pelos poros. nossos empregos, o estudo, os boletos prestes a vencer, nossos compromissos… nada disso importa no fim do dia.
quando deitamos a cabeça no travesseiro, nossos corações pedem contas do amor que nós fomos capazes de oferecermos a nós mesmos e aos outros durante o dia. é mais ou menos uma escolha mental que nós precisamos fazer todos os dias: não temos como vencer todas as batalhas, então nosso esforço deve ser por colocar o coração na frente do resto.
a decisão é sempre nossa.
o que repito de vez em quando para mim mesmo é: por via das dúvidas, ame. coloque o esforço no que realmente importa. você não vai vencer tudo, mas o amor vai suportar os fardos quando as coisas não derem certo.
é provável que você bata com a cara no muro, que as paredes do teu peito desmoronem às vezes, que você se condene por ser coração demais e acabar sofrendo por isso… mas vai por mim, é melhor assim.
se tudo estiver perdido, você ainda terá o amor.
e isso é muito.
Júlio Hermann
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*Meu novo livro já está à venda em todo o Brasil. Se você gostou deste texto, tem grandes chances de se identificar com ele.
Até onde o amor alcança
“UM DIA VAI SER AMOR A PONTO DE O CORAÇÃO NÃO PRECISAR CONVENCER O CÉREBRO DISSO.
ATÉ LÁ EU ARGUMENTO”.
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