(Leia este texto ao som de It’s time)
A literatura, como tudo na vida, demanda treino. A inspiração é uma amiga querida e sempre bem-vinda, mas, quando você tem um cronograma e precisa produzir conteúdo com uma certa frequência, ela deixa de ser esperada e romântica. Bate incertezas, dúvidas, uma paranóia quase incontrolável na procura por aquilo que fazia a sua criatividade andar até aqui. Nenhuma resposta. Mas isso tudo é normal.
A gente precisa aprender a ouvir nãos.
Algumas vezes na vida eu me deparei com amigos que desistiram de seus sonhos depois da primeira ou da segunda recusa. Não valia a pena tanto esforço, pensavam. De que adiantava fazer tantas coisas por algo que provavelmente não daria certo no fim? O problema não estava na dúvida, mas no medo de não serem bons naquilo o que se propunham a fazer.
Na literatura, por exemplo, a palavra que um autor mais escuta é não. E isso não significa necessariamente que o trabalho dele não é incrível como ele pensa, mas que a editora que ele procurou, talvez, apenas está em busca de outro perfil de livro para investir seus esforços agora. Vai do escritor aprender a usar a recusa para se aperfeiçoar.
Mas, esse texto não é sobre literatura. É sobre sonhos.
Uma das coisas mais importantes que eu aprendi na vida é que, se você não acreditar em você mesmo, que motivo você está dando para que outras pessoas acreditem também? Isso não tem a ver com arrogância, mas com o sentimento de “olha, talvez eu não consiga, mas eu sou capaz de tentar”. E talvez você se saia melhor do que imaginava, só por esse sentimento.
Nós não podemos fazer tudo o tempo inteiro, então, nós precisamos aprender a colocar os nossos esforços no sonho que queremos que dê certo. Tudo o que você precisa é de uma dose de amor no que faz e do primeiro passo. Ele é o mais difícil, mas o mais importante também.
Se as coisas não derem certo, paciência, uma hora vão dar. A felicidade está mais na tentativa do que na conclusão de um sonho. Sábado eu lançarei meu primeiro livro, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. E apesar de este ser o grande momento, eu fui absurdamente feliz até aqui. Tudo por que antes de eu começar a escrever a primeira linha, eu acreditei que eu podia. Eu não sabia se conseguiria concluir o que havia começado nem se alguma editora apostaria em mim, mas cá estamos.
Se você quer fazer alguma coisa importante na sua vida, comece tentando. Finja que você pode. Quem sabe, você possa mesmo. Talvez não na primeira tentativa, mas logo depois.
Como a literatura, sonhar também demanda treino. Você arrisca a primeira vez, a segunda, a terceira. Pode até dar errado na maioria delas, pode demorar a acertar. Mas, depois de um tempo você percebe que a felicidade e o frio na barriga moram justamente aí. E nada mais será capaz de te parar.
Júlio Hermann
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Meu primeiro livro já está à venda em todo o Brasil. Se você gostou desse texto, tem grandes chances de se identificar com ele.
** Neste sábado, acontece o lançamento oficial dele na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Clique aqui para confirmar presença e saber mais. Te espero lá. ❤
Tudo que acontece aqui dentro – cartas de amor nunca rasgadas
“Você lê aquilo que sempre quis dizer a alguém – ou a si mesmo -, mas que nunca teve coragem de tirar de dentro de si.” – Daniel Bovolento, autor de Por onde andam as pessoas interessantes? e Depois do fim.
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Eu comprei o livro Maravilhoso Obrigada por escrever ❤️
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