(Leia este texto ao som de All The Right Moves)
Segunda-feira, depois das dez horas da noite. Dia de Natal, como se fosse domingo. A única coisa que eu consigo pensar enquanto sento para escrever é no amontoado de sensações que essa época do ano faz implodir dentro da gente. Um pouco de coisas novas, algumas que nunca vão mudar.
O que eu costumo fazer em todo fim de ano é virar a cabeça cento e oitenta graus para o passado para ver o que eu fiz de bom e o que precisa melhorar no tempo que está por vir. Dessa vez não foi assim. Eu sei que 2017 foi o melhor ano da minha vida, não preciso de esforço nenhum para concluir isso. Eu não sou quem era quando o ano começou, e me sinto feliz por isso.
O costume que eu tinha nos outros natais era fazer uma lista absurda de promessas do que eu gostaria de ser dali para frente. Nunca foi algo útil demais, faltava os passos palpáveis dados pelos meus próprios pés. Sobrava a vontade de mudar, faltava a ação. Pessoas demais por aí acham que ouvir um “você mudou” é sinal de ofensa. Sinceramente? Eu fico feliz. Significa que eu não tenho me conformado nem tenho parado no tempo.
Sorte a minha. Imagina que chatice ser o mesmo uma vida inteira?
Neste ano eu conheci muitas das pessoas mais importantes da minha vida. Criei laços, aprendi pra caramba com elas. Senti frio, senti sono, senti uma série de sentimentos bonitos que a gente esquece de colocar na balança na hora de calcular os ganhos. Amei pra caralho também. Aprendi sobre o amor. E isso foi o mais importante. Sempre é.
Na virada do último ano, era eu, uma camiseta, uma bermuda surrada e um tênis ainda pouco usado. Desta vez não vai ser muito diferente. Com a diferença de que dentro do peito um monte de coisas novas e absurdamente bonitas e importantes transpassarão mais essa barreira do espaço tempo comigo.
No ano que vem a gente se vê, digo pra você, que lê esse texto. Mesmo que seja daqui uma semana. Mesmo que não consigamos notar que já não seremos quem somos neste fim de Natal. Amando mais do que hoje, sendo mais felizes do que nunca, ainda que haja dificuldades. Ainda que não saibamos exatamente como.
Júlio Hermann
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Feliz Natal 😉
Texto maravilhoso ❤️
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Adorei o texto. Parabéns!
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