(Leia este texto ao som de Hopeless Wanderer)
Entender por onde estou levando a minha vida sempre foi tão importante para mim quanto seguir vivendo. Acho que é uma espécie de toque chato que eu carrego comigo e me faz estar constantemente em busca de fazer o que é certo para aquilo o que espero de mim. Sem muita atenção para aquilo o que os outros andam querendo que eu faça por aí. Mas, nem sempre isso é suficiente.
Depois de ser atingido feito bala pela pergunta que dá nome a esse texto, eu comecei a encarar as coisas de outra perspectiva. Eu, que durante duas décadas busquei fazer certo aquilo o que eu me propunha fazer, nunca me dei conta da importância que se deve dar para as coisas que brotam de dentro para fora.
Durante a maior parte da minha vida, eu só considerei aquilo o que é externo. Os sonhos e os objetivos materiais que eu busquei realizar, o legado que eu gostaria de construir. Mas e aquilo o que é meu de verdade? E a parte que não foi feita para ser de todos?
Na maior parte de todo o meu tempo de existência eu esqueci de considerar o que me da vida aqui dentro. Entender para onde se está indo e o que se está fazendo é importante, sim, mas será que a gente lembra frequentemente de se perguntar onde o nosso coração está?
O que me tranquilizou depois do baque inicial foi perceber que o meu coração parece estar exatamente no lugar para o qual estou indo. Certeza a gente nunca tem, mas a intuição serve de norte.
Não são poucas as vezes na vida em que nos preocupamos demais com o que estamos fazendo e com o que estão dizendo da gente ao ponto de esquecermos de olhar com caridade para o que estamos sentindo. A nossa luta constante, ao contrário do que parece, não precisa ser para chegar mais rápido onde queremos chegar, mas sim a busca por um equilíbrio que nos permita levar a sério as vontades do nosso coração também.
Nada vale ganhar o mundo se nosso peito sempre morou em outro lugar.
Ahh que texto perfeito! E a trilha sonora nem se fala, parabéns Júlio!
CurtirCurtir