Se você precisar

(Leia este texto ao som de Torn)

Se a ansiedade apertar e você não souber direito para onde correr, eu tô aqui. Mesmo que o meu modo de te ajudar não seja exatamente o que você precisa. Mesmo que eu não saiba direito como agir nesses casos.

Às vezes o peito se contrai em uma angústia aguda que fica difícil saber o que fazer, eu sei. Parece que nada ao alcance das mãos vai ajudar, fica a sensação amarga de que o mundo pisa no que estamos sentindo ao invés de ajudar com um pouco de afeto. Nada aparenta estar certo, coisa nenhuma acusa aquilo o que realmente estamos sentindo.

De vez em quando nosso próprio peito se fecha em si mesmo e se torna complicado identificar exatamente o que está acontecendo dentro da gente. Dizem que é drama, dizem que é falta de certeza, dizem que é uma dorzinha pontual que brota dentro da gente por pensarmos demais no que tem acontecido conosco. Mas não é nada disso. As pessoas não entendem.

Quando a mente resolve sabotar nossa própria existência, não temos muito o que fazer. Esperamos sentados, corremos uma maratona, estendemos a série na academia para fazer o corpo doer e desviarmos o foco de uma dor que não é palpável. Talvez não seja exatamente esse o caminho.

Tudo o que é nosso parece ser culpa da gente.

Tudo o que é dos outros parece ter nossa parcela de culpa também.

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Ansiedade. Medo. Pavor. Uma agonia brava que nos faz olhar para o espelho com a sensação de enxergar um borrão estranho a nossos próprios olhos. Tudo isso por medo de abrirmos o que é nosso para os outros. Tudo isso porque não sabemos ao certo o que é real ao ponto de sair da nossa boca.

Mas a gente se salva.

Dizem por aí que a melhor maneira de se livrar de algo que acorrenta a gente é colocando para fora. Então, eu tô aqui, viu? Nem que seja para você colocar para fora em um choro soluçado que não diz nada e ainda assim escancara tudo. Nem que seja no silêncio libertador de uma companhia exclamativa.

Só não guarda tudo pra si. Da saudade ao que te prende a respiração. Do que é teu e do que é causa dos outros.

Porque te enxergar feliz é importante para mim.

Júlio Hermann

* Esse texto é sobre o Setembro Amarelo. Coloque-se à disposição de quem você ama para conversar. Encare as angústias alheias com seriedade. Você não conhece os lobos que uivam na mente de quem convive com você. Então, se for para oferecer alguma coisa, que seja uma presença voluntária e amor. No fim das contas, isso nos liberta também.
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*Meu primeiro livro já está à venda em todo o Brasil. Se você gostou desse texto, tem grandes chances de se identificar com ele.

Tudo que acontece aqui dentro – cartas de amor nunca rasgadas

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“Você lê aquilo que sempre quis dizer a alguém – ou a si mesmo -, mas que nunca teve coragem de tirar de dentro de si.” – Daniel Bovolento, autor de Por onde andam as pessoas interessantes? e Depois do fim.
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